O Projeto NDA (Núcleo Desportivo de Atletismo), foi criado para preencher uma lacuna de inclusão social por meio do desporto Atletismo nas comunidades carentes de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no entorno da unidade militar de Sulacap CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças). Seu idealizador professor Ormandino Rodrigues Barcelos, por ser oriundo de uma dessas comunidades (Vila Vintém), sentiu na própria pele toda dificuldade que um jovem dessa comunidade tem para se incluir socialmente. Para fugir das tentativas negativas do meio, foi praticar Atletismo. Descobriu como analisado nas justificativas do projeto, toda força filosófica, educacional, cultural e social do desporto Atletismo. Foi Campeão Estadual do Juvenil na prova de 800m e Recordista Brasileiro da prova dos 4x400m rasos. Começou sua carreira de atleta no Bangu Atlético Clube, porém, com o término da equipe passou a competir pelo Botafogo Futebol Regatas. Formou-se e pós graduou-se pela UFRJ. Por meio de concurso e méritos, fez cursos de especialização em atletismo e treinamento em diversas universidades no exterior como Alemanha, USA e Itália.
No início da década de 70, já formado, foi convidado a trabalhar como treinador da equipe Universitária de Atletismo da UGF (Universidade Gama Filho). Sugeriu então, ao Ministro Gama Filho a criação de uma equipe de Atletismo da UGF e filiá-la à FARJ (Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro). Com a criação da Equipe da UGF, o Prof. Ormandino pôde dar oportunidade a centenas de jovens de terem acesso, por meio de bolsas ao segundo grau e a universidade. Contribuiu para que muitos desses jovens se formassem em diversas áreas como medicina, advocacia, educação física, engenharia e outras.
Com a morte do Ministro, a UGF entrou em decadência financeira e a equipe de Atletismo foi desativada. Porém Prof. Ormandino continuou a ajudar jovens, treinando-os nas Escolas e levando-os a participarem dos Jogos Estudantis.
Em 1990, por meio de um processo seletivo foi admitido como Professor Treinador da equipe de cadetes na PMERJ (Academia D. João VI). Como também era professor do município, lecionando na Cidade de Deus, continuou seu trabalho de Inclusão Social, trazendo jovens daquela comunidade para treinarem em Sulacap.
Conseguiu filiar a PMERJ, por meio do Clube de Oficiais, hoje AME a FARJ, oportunizando novamente que jovens pudessem junto com os cadetes competirem. Graças ao então comandante do CFAP Cel. Dorazil Corval Castilho, que observou a importância do Projeto e, como logo depois foi nomeado como Comandante Geral da Polícia Militar, aceitou o pedido do Prof. Ormandino de criar o NDA, cujo nome anterior foi NOA (Núcleo Olímpico de Atletismo). A PMERJ nos cedeu até meados de 2015 as suas instalações desportivas e uma sala administrativa.
Desde Agosto/2015, fomos acolhidos pela generosidade da Igreja Nossa Senhora de Assunção, nos cedendo um espaço na CASA DE ASSUNÇÃO, onde funcionam as atividades administrativas e desportivas.
O então Prefeito César Maia nos cedeu os professores necessários para desenvolvimento das oficinas. Toda aquisição do material necessário para o desenvolvimento do projeto, assim como o pró-labore para os treinadores voluntários dos jovens talentos detectados nas oficinas eram custeados pelo Prof. Ormandino. A célula do projeto começou em 1996 com 20 jovens trazidos pelo Prof. Ormandino da Escola Municipal Profª Dyla Silvia de Sá, na Cidade de Deus.
Em 1997, já com a implantação do Projeto, já eram 32 participantes. Em 2007 já frequentavam o Projeto mais de 500 crianças e jovens por ano inscritos e indiretamente, com suas participações nos festivais, chegavam aproximadamente 1.000 crianças e jovens. Nesta ocasião o Prof. Ormandino conseguiu por meio de um amigo do projeto, que uma jornalista do jornal O Globo fosse ao Projeto. A jornalista Sanny ficou extremamente emocionada com a estrutura do projeto e fez, no dia 25/05/2005 uma reportagem de página inteira, com o título “O MILAGRE DIARIO DE ORMANDINO”. Essa reportagem foi lida pelo representante da UNESCO de Brasília, o qual enviou por duas vezes uma comissão da UNESCO chefiada pelo Doutor Pedro Lessa. O Dr. Pedro Lessa também ficou surpreso com toda a estrutura simples, porém eficaz do projeto e sugeriu ao Professor Ormandino a criação de uma pessoa jurídica sem fins econômicos e lucrativos, que seria a Entidade Mantenedora do Projeto, a fim de dar suporte a todas necessidades básicas do mesmo. O Prof. Ormandino fundou, então, o IIB (Instituto Ideal Brasil), e por meio do qual firmou e vem firmando parcerias convênios etc.
Hoje, com 20 anos de existência do Projeto Social NDA, já foram atendidos mais de 6.000 crianças e jovens, alicerçando seus valores morais, prevenindo a criminalidade, preenchendo saudavelmente suas horas ociosas e descobrindo dezenas de jovens atletas os quais muitos deles conseguiram ser campeões estaduais, brasileiros, sul americano e participantes das equipes do Brasil em Pan Americanos e Mundiais, alcançando também excelentes resultados, citado na apresentação (Síntese do projeto).
Porém, devido ao crescimento do projeto NDA e suas necessidades básicas, faz-se necessário que o IIB tenha patrocínios e parcerias, para que possamos dar continuidade em todos os objetivos do nosso projeto principalmente o preenchimento saudável das horas ociosas e prevenção a criminalidade.
O Prof. Ormandino semanalmente promove palestras com essas crianças e jovens, sobre noções de higiene, honestidade, conduta etc. Essas mesmas noções, assim como a importância de se ter força de vontade, respeito aos colegas atletas e as regras também são alicerçadas durante o treinamento e as oficinas. Nessas ocasiões, mostra-lhes que tais atitudes são essenciais para serem vencedores não só no esporte, mas também na vida. Que “NO LODO TAMBÉM NASCEM LIRIOS”.